História



Fuxiquinho era integrante do antigo Gran Campelo Circo, que já foi considerado um dos melhores do Brasil.

O Gran Campelo era propriedade do pai de Fuxiquinho, Horácio Campelo, e mais dois irmãos, Jorge e Marlene, filhos de peruanos que há duas gerações viviam da arte de fazer circo.

Horácio nasceu no Peru e desde então fez do circo sua vida. Conheceu Catarina, uma catarinense, e com ela teve cinco filhos: Poliana, Ana Karina, Catarina Scarlat, Horácio Jr. e Allexander, o famoso Fuxiquinho.

Todos nasceram no circo e seguiram carreira. São palhaços, malabaristas e contorcionistas que já percorreram todo o Brasil junto com o Campelo Circus e ao chegar ao RN receberam um carinho e acolhimento nunca tidos em Estado nenhum.

O Gran Campelo visitou todo o RN, do litoral até o interior, a grande Natal até pequenos distritos que se encantavam com o circo e com os palhaços. Uma pequena temporada em uma cidade já era motivo pra deixar saudades nas crianças e nos habitantes. Onde construíam novas amizades, criavam novos elos e até fixavam novas raízes, a exemplo do que ocorreu na cidade de Pau dos Ferros, a 400 quilômetros da capital.

Aqui em Pau dos Ferros, Fuxiquinho conheceu Emanuelle, que logo se tornou a senhora Fuxiquinho. Os dois se casaram e foram morar em Mossoró. Emanuele não demorou a aprender as artes circenses, tornando-se contorcionista. Apesar do grande sucesso o Campelo Circus fechou. Acabou a sociedade entre os irmãos e o que era a fantasia de muitas crianças e a razão dos sorrisos de muitos adultos e velhinhos fechava suas portas. Mas o show não pode parar, ele tem que continuar. E aqueles que nasceram no circo não poderiam viver sem o circo. 

Começava uma nova fase na vida de Horácio e de sua família. Morria o Gran Campelo Circus e nascia o Circo do Fuxiquinho, que logo ganhou o carinho e o acolhimento do público.